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Pesquisador vê os primeiros testes da fosfoetanolamina como ‘equivocados’
O pesquisador de São Carlos (SP) Gilberto Chierice, que desenvolveu a fosfoetanolamina sintética na Universidade de São Paulo (USP), avaliou a primeira parte dos testes feitos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) como equivocada. “Eu não sabia como seria testado, mas após ver o modelo posso garantir que são testes equivocados. Nunca funcionaria em um teste in vitro, nem é comparativo”, disse em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo.
Criada para o tratamento de tumor maligno, a substância é apontada como possível cura para diferentes tipos de câncer, mas não passou por testes em humanos e não tem eficácia comprovada, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seus efeitos nos pacientes ainda são desconhecidos.
O MCTI coordena, ao lado do Ministério da Saúde, uma iniciativa federal para pesquisar a substância, anunciada em outubro de 2015. Na ocasião, foi anunciado que o projeto teria um financiamento de R$ 10 milhões por parte do MCTI. (G1)