
O ex-prefeito de Governador Mangabeira e coordenador político da pré-campanha de ACM Neto (União Brasil) ao Governo da Bahia, Marcelo Pedreira, comentou nesta terça-feira (07/10) o resultado da pesquisa Futura Inteligência, que aponta vantagem do ex-prefeito de Salvador sobre o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Segundo o levantamento, ACM Neto aparece com 48,6% das intenções de voto, contra 34,2% de Jerônimo. Em um segundo cenário testado, o candidato do União Brasil sobe para 49,4%, enquanto o petista cai para 30,9%, ampliando ainda mais a diferença.
Em conversa com o Informe Baiano, Pedreira disse que os números refletem o desgaste de duas décadas de gestão do PT na Bahia.“Os dados demonstram, de forma evidente, o desgaste de 20 anos de governo do Partido dos Trabalhadores na Bahia. Esse período resultou em um estado com altos índices de violência, serviços de saúde e educação deficientes, e um elevado número de desempregados e pessoas em situação de pobreza. Esses fatores se refletem nos resultados”, avaliou.
O coordenador destacou ainda que a reação popular ao chamado “tarifaço”, episódio que havia impulsionado momentaneamente o desempenho do PT, perdeu força.
“A população interpretou, naquele momento, como uma possível interferência na autonomia nacional. Mesmo quem não apoiava o governo federal reagiu de forma imediata, o que acabou refletindo no crescimento político do presidente Lula. Mas, após a ebulição inicial, a situação se normalizou e esse efeito se dissipou”, explicou.
Pedreira também comentou a influência do número 13, associado ao ex-presidente Lula, nas eleições passadas.
“O número 13, vinculado a Lula, teve forte peso na Bahia. O presidente foi o principal elemento, não o candidato ao governo. Em muitas ocasiões, sequer o nome ou a imagem eram usados — bastava o número, alusivo a ele”, disse ao IB.
Por fim, o ex-prefeito afirmou que o crescimento de ACM Neto indica uma consolidação do desejo de mudança por parte do eleitorado baiano.
“Observa-se a ascensão de Neto aos patamares anteriores, antes da questão das tarifas. Isso demonstra a consolidação da sua força política e a percepção de renovação expressa pela população. O efeito Lula cessou”, concluiu Pedreira. informebaiano