Número de feridos após passagem de tornado pelo Paraná chega a 750
Fenômeno de categoria F3 atingiu ventos de até 250 km/h; governo federal envia equipes de apoio e Força Nacional do SUS para reforçar o atendimento às vítimas.
O governo do Paraná informou que 750 pessoas ficaram feridas após a passagem de um tornado que devastou municípios do estado na noite de sexta-feira (7). O fenômeno, classificado como categoria F3, com ventos de até 250 km/h, provocou a morte de seis pessoas e deixou um rastro de destruição, especialmente em Rio Bonito do Iguaçu, a cerca de 400 quilômetros de Curitiba.
De acordo com a Defesa Civil estadual, até 90% da área urbana do município foi atingida. A maioria dos feridos foi socorrida em duas unidades hospitalares, uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e uma faculdade localizada em Laranjeiras do Sul.
Casos mais graves foram transferidos para o Hospital Universitário de Cascavel e o Hospital Regional de Guarapuava. Quatro pacientes precisaram passar por cirurgia.
Segundo o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, o sistema de atendimento local entrou em colapso.
“As estruturas de saúde estão todas colapsadas. Apenas um centro de saúde da cidade está aberto. Um grande movimento das prefeituras do entorno somou uma força-tarefa para manter o funcionamento”, afirmou.
Até o início da manhã deste sábado (8), a Defesa Civil contabilizava 10 mil pessoas impactadas pelos ventos, 28 desabrigados e 1 mil desalojados, mas o número total de desabrigados ainda está sendo atualizado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o envio imediato de equipes da Defesa Civil Nacional ao Paraná para auxiliar no acolhimento das vítimas e nas ações de reconstrução. A comitiva federal é liderada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que acompanha os trabalhos no local.
O Ministério da Saúde também enviou uma equipe da Força Nacional do SUS, composta por cinco profissionais especializados — entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial.
Os profissionais atuarão na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na oferta de assistência médica e psicossocial imediata, com o objetivo de garantir a retomada segura e rápida do atendimento integral à população atingida.
Voz da Bahia
