Jerônimo culpa os prefeitos por aumento de 213% na fila da regulação
Jerônimo afirmou que parte da superlotação ocorre porque os municípios não estão atendendo demandas que deveriam ser resolvidas na atenção básica.

O governador Jerônimo Rodrigues comentou, na tarde desta quinta-feira 04/12, o relatório do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) que apontou aumento de 213% no tempo médio de espera da regulação entre 2019 e 2024.
Jerônimo afirmou que parte da superlotação ocorre porque os municípios não estão atendendo demandas que deveriam ser resolvidas na atenção básica.Segundo ele, “muita gente que está em um hospital de alta complexidade era para estar sendo cuidado por um município”.
O governador acrescentou que seu papel é apoiar as gestões municipais para melhorar o atendimento na ponta. “Meu papel, enquanto governador, é pegar na mão do prefeito e dizer, vamos ajudar você”, disse.
Jerônimo também citou exemplos de casos simples que acabam pressionando a rede estadual: “Se o município fizer bem feito, muita gente não vai precisar, com um dedo desmentido, com um mal-estar na barriga, ir para um hospital de alta complexidade.”
Ao comentar a necessidade de reorganizar o sistema, o governador destacou que o SUS só funciona quando todas as esferas atuam juntas. “A saúde tem um sistema único, que se um falhar, o sistema não anda bem.”
A auditoria do TCE analisou o período de janeiro a agosto de 2019 e comparou com o mesmo intervalo de 2024, apontando aumento no tempo médio de espera e gargalos em especialidades como cirurgia torácica, hematologia, oncologia, urologia e pneumologia.
Jerônimo, por outro lado, destacou investimentos estaduais. “Nós estamos chegando a 56 hospitais que nós temos hoje na Bahia. Só no meu governo, nós estamos falando de mais de 10 hospitais”, disse, ao lembrar que o estado anunciou recentemente um novo hospital oncológico no interior.
Por fim, disse que “a regulação é do SUS e eu sei a minha responsabilidade enquanto governador, mas é preciso que a gente possa dialogar o compartilhamento de responsabilidades.”
Fonte: Informe Baiano




