O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), disse nesta terça-feira (23) que havia feito constantes críticas à articulação política do governo com o Congresso antes de chamar o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de “incompetente” e “desafeto pessoal”.
A declaração foi feita durante o programa “Conversa com Bial”, após Lira ser questionado pelo apresentador sobre o episódio. Durante a entrevista, Lira disse ainda que o ministro “fez várias” com ele.
“Eu já vinha apontando, reservadamente, ao governo, e ele sabe disso, que há alguns meses não funciona a articulação do governo. As palavras ditas estão ditas. Eu não poderia ter adjetivado melhor ou pior, como eu te disse: eu sou humano, eu posso errar e posso acertar, mas, para mim, a política tem que ser feita sempre reta, clara, nada por trás, nada em off, nada de vazamento”, disse.
Os ataques a Padilha por parte do presidente da Câmara aconteceram depois dele ser questionado por jornalistas sobre a votação na Câmara que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco, em 2018. Na entrevista exibida nesta terça, Lira negou ter “comprado a briga” pela soltura do deputado.
“Não comprei. Isso é uma inverdade (…). Não há um deputado na Câmara dos Deputados – e eu converso com todos eles – que diga que eu influenciei o voto dele, que eu pedi voto. Acho que isso é uma discussão muito pessoal de cada partido e de cada parlamentar ali”, afirmou.
Ainda durante a entrevista com Pedro Bial, Lira disse que não se vê como um antagonista do presidente da República.
Metro1