Cinco igrejas de Salvador são interditadas após desabamento na Igreja de São Francisco de Assis
A decisão foi tomada pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) em conjunto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que seguem vistoriando templos religiosos da capital baiana.

Uma semana após o desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador, pelo menos cinco outras igrejas foram interditadas por risco estrutural.
A decisão foi tomada pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) em conjunto com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que seguem vistoriando templos religiosos da capital baiana.
Até esta quinta-feira (13), foram interditadas a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (Pelourinho), a Igreja da Boa Viagem (Boa Viagem), a Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda (Centro) e a Igreja dos Perdões (Santo Antônio Além do Carmo). As próximas na lista de inspeção são a Igreja dos 15 Mistérios e a Igreja e Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa.
Na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, as rachaduras no telhado já eram motivo de preocupação há cerca de três anos.
Frederico Vilas Boas, provedor da Venerável Irmandade, afirmou que, desde 2022, o Iphan havia orientado a realização de uma perícia detalhada. “Já havíamos notado as rachaduras no teto e solicitado vistoria. Após o acidente em São Francisco, retornaram para nova inspeção”, contou.
A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, considerada um dos únicos exemplares do barroco espanhol no Brasil, também foi notificada.
De acordo com Sosthenes Macedo, diretor da Codesal, a interdição foi determinada por falhas na manutenção predial. “A igreja já havia sido notificada anteriormente, e atualizamos a recomendação nesta última semana”, explicou.
A Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem foi fechada após vistorias e recomendações do Iphan, conforme anunciado pela própria administração do templo. O principal motivo da interdição é o risco de colapso do teto, que pertence à estrutura original da igreja, construída em 1743.
Já a Igreja dos Perdões, tombada pelo Iphan desde 1943, também apresentou comprometimento estrutural e precisou ser interditada para evitar novos acidentes.
As vistorias seguem sendo realizadas, e a Arquidiocese de Salvador acompanha o processo, aguardando orientações dos órgãos responsáveis para possíveis intervenções nos templos afetados.