Jerônimio reitera críticas à Coelba e revela que sugeriu à União repassar rodovias da ViaBahia para o estado
Segundo o governador, a proposta não foi aceita pelo Ministério dos Transportes pois impactaria em outros contratos
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), revelou, nesta terça-feira (26), que propôs ao Ministério dos Transportes retirar a ViaBahia do comando das BRs 324 e 116, devido a má gestão da empresa nas rodovias.
A situação das estradas chegou a resultar em pedido para instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apuraria os serviços prestados pela ViaBahia, mas foi negado pela Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
De acordo com o governador, a proposta não foi aceita pois impactaria em outros contratos. Ele ressaltou ainda que um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) é movido no Tribunal de Contas da União (TCU) para que a empresa assuma a responsabilidade de manutenção.
“Todas as críticas que a Assembleia [AL-BA] faz ao que está acontecendo com a BR-324, em trecho especial Feira de Santana – Salvador, eu também faço. Já levei diversas vezes para o ministro [dos Transportes], para que a gente pudesse achar uma saída, eu até ofereci retirar a empresa e a nossa SIT [Superintendência de Infraestrutura de Transportes da Bahia] assumir por um período para fazermos os serviços de manutenção até achar uma empresa definitiva. Mas, o que interessa, é que já está no TCU um TAC para que a ViaBahia possa assumir a responsabilidade de manutenção. Eu estarei em cima, eu concordo plenamente com essa reivindicação”, disse.
No dia 20 deste mês, Jerônimo declarou na Rádio Metropole que vai atuar de maneira contundente em relação às queixas apresentadas sobre a concessionária. “Volta e meia você ouve aqui e estou em cima para a ViaBahia dar um tom direito na [BR] 324 e na 116. Vamos em cima”, falou à época.
Críticas à Coelba
O serviço prestado pela Neoenergia Coelba, a companhia de eletricidade responsável por alimentar a Bahia, também foi criticado por Jerônimo. O governador disse que não vai se “acomodar” perante as reclamações feitas à empresa.
“Nós somos o maior cliente da Coelba e às vezes você prepara um hospital e não está pronta a estação, prepara uma escola e é uma demora. Empresários que estão no oeste ou no extremo-sul que precisam de energia e você ter que ver a movimentação da agroindústria queimando óleo diesel. A Coelba tem um compromisso contratual até 2026, será renovado ou aberto um novo processo de licitação e eu junto com o ministro Rui Costa, Otto, Lula e Wagner estou em cima para que essa relação com a abertura do processo de concessão para energia no estado da Bahia a gente possa cuidar para que não haja mais prejuízo econômico”, concluiu.
Metro1