A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, após uma série de acusações que envolvem desde associação ao tráfico até agressões a agentes da lei. A decisão foi expedida pelo Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do RJ, após solicitação da Polícia Civil.
Segundo as autoridades, Oruam teria impedido a apreensão de um menor procurado por tráfico de drogas e roubo, além de ter atacado policiais civis durante uma operação realizada na noite da última segunda-feira (21). Após o episódio, o rapper fugiu para o Complexo da Penha, onde gravou e divulgou vídeos nas redes sociais desafiando os agentes de segurança.
“Aí! Eu quero ver você vir aqui, pô! Me pegar aqui dentro do complexo! Não vai me pegar, sabe por causa de quê? Que vocês peida!”, afirmou o artista no vídeo.
O cantor foi indiciado por uma série de crimes, incluindo:
Tráfico de drogas
Associação para o tráfico
Lesão corporal
Ameaça
Resistência qualificada
Dano ao patrimônio público
Desacato
O secretário da Polícia Civil do RJ, Felipe Curi, foi enfático ao se referir ao artista: “Hoje temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que seu pai, Marcinho VP, comanda à distância, mesmo preso em presídio federal.”
Curi afirmou ainda que a ação do rapper e seus aliados frustrou o cumprimento de um mandado de busca e apreensão e representou um ataque direto ao Estado. O caso reacende o debate sobre a relação entre o mundo artístico e o crime organizado nas comunidades do Rio de Janeiro.
Voz da Bahia