PF deflagra operação contra fraudes bancárias com envolvimento de policial civil e gerente de banco na Bahia
Esquema causou prejuízo superior a R$ 1 milhão; grupo usava documentos falsos para contratar empréstimos na Caixa Econômica

A Polícia Federal, com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público da Bahia, deflagrou nesta quinta-feira (7) a operação Segunda Camada, em Feira de Santana, para combater um esquema de fraudes bancárias que envolvia a Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras. Entre os investigados estão um policial civil e um gerente de banco.
A ação é um desdobramento da Operação Fake Front, iniciada em maio deste ano, que revelou a abertura fraudulenta de 21 contas bancárias em agências da Caixa em Feira de Santana (BA) e Brasília (DF). Com uso de documentos falsos, o grupo contratava empréstimos ilegais, gerando prejuízos superiores a R$ 1 milhão.
Nova fase aponta núcleo de apoio às fraudes
Segundo a Polícia Federal, após a análise do material apreendido na primeira etapa, foi identificada uma “segunda camada” da organização criminosa. Esse núcleo seria responsável por dar suporte direto aos crimes, incluindo a cooptação de gerentes de banco, repasse de informações sigilosas e facilitação do acesso aos recursos financeiros.
Nesta fase da investigação, estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em Feira de Santana. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de valores em contas bancárias dos investigados e a suspensão do exercício da função de um gerente bancário. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Feira de Santana.
Policial civil está entre os alvos da operação
O envolvimento de um agente da Polícia Civil da Bahia está sendo acompanhado pela Corregedoria da corporação. Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e estelionato.
A Polícia Federal segue com as investigações para identificar outros possíveis membros da organização criminosa e o destino dos valores desviados.
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