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Rapazes acusam 8 PMs de tortura e abuso sexual na noite de Natal no Rio

      Foto: Reprodução/TV Globo
Quatro jovens denunciaram oito policiais militares da UPP por abuso sexual, tortura e roubo quando retornavam de uma festa na comunidade de Santo Amaro, no Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira (25). Os policiais foram afastados e presos administrativamente.
Os rapazes denunciaram que foram queimados e roubados, e um deles contou que foi obrigado a praticar sexo oral em um amigo enquanto eram filmados por PMs da UPP Coroa, Fallet e Fogueteiro. Segundo reportagem do jornal O Dia, o caso foi denunciado à 6ª DP (Cidade Nova).
Dois irmãos, de 23 e 20 anos, disseram que foram parados em uma blitz na noite de Natal porque estava em uma moto sem capacete. Eles relataram ter sido agredidos com socos. Ainda segundo a publicação, um adolescente de 17 anos disse que teve os testículos queimados e que foi obrigado a fazer sexo oral em um amigo enquanto um PM filmava a cena na rua. Todos foram obrigados a ficar nus.
“Abordaram a gente de forma agressiva, esquentaram a faca e cortaram a gente. Queimaram o cabelo dele (jovem de 17), obrigaram dois amigos a fazerem um vídeo explícito. Gravaram rindo e xingando. Falaram que quando pegarem a gente na rua de novo vão matar. Tudo porque a gente estava sem capacete na moto. Eles alegaram que estavam com raiva por estarem de serviço no Natal”, disse o rapaz de 23 anos, ao jornal O Dia. A quarta vítima tem 13 anos. 
Na delegacia, as vítimas contaram ainda que tiveram todo o dinheiro que portavam levados pela guarnição da Polícia Militar (PM). O rapaz de 20 anos afirmou ter sido roubado em R$ 470, além do cordão e até a sandália e o boné.
Um colega relatou que os PMs levaram os R$ 400 que ele tinha no bolso e também o boné. O rapazes contaram que um PM chegou a disparar com a pistola quando uma motocicleta passou em velocidade pelo trecho da rua onde a blitz estava montada. 
Uma mulher foi atingida, sem gravidade. Ela também prestou depoimento após receber alta do hospital. 
Todas as vítimas foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML para a realização de exames de corpo de delito. 
A Polícia Civil apreendeu as armas dos oito policiais, que serão periciadas pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli, da Polícia Civil. Os investigadores buscam na região do Rio Comprido imagens de câmeras de seguranças das edificações vizinhas ao ponto onde teriam ocorrido as torturas.
De acordo com a PM, o comando da UPP onde trabalham os policiais acusados determinou a eles que se apresentassem à delegacia. Após os depoimentos, foram presos administrativamente. Os nomes dos policiais não foram divulgados. 
Parentes das vítimas que estiveram na delegacia disseram temer pela vida dos rapazes, já que os PMs, antes de soltá-los, ameaçaram matá-los caso os denunciassem ou à Polícia Civil ou à Corregedoria da PM. (Correio)

Natan Mobuto

Radialista/Locutor na empresa TVNBN

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