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Qual é mesmo o cargo de Geddel, presidenta?

Foto:Ag Haack

A Folha noticia que a presidente Dilma Rousseff (PT) alterou sua rotina de descanso na Bahia para tratar, por telefone, da demissão de Geddel Vieira Lima (PMDB) da vice-presidência da Caixa, finalmente publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.

Dilma teria pedido ao cacique peemedebista Michel Temer que convencesse Geddel a atualizar seu pedido de demissão, formalizado pela primeira vez em setembro passado, a fim de supostamente ganhar mais tempo para analisar o nome do substituto. Geddel aceitou, mas fez questão de destacar um “reitero” na segunda manifestação.

Pré-candidato ao governo da Bahia, o peemedebista quer evitar que adversários, especialmente petistas, aleguem que manteve uma sinecura no governo federal apesar de proclamar ter se tornado independente na Bahia. Na prática, eles já vinham fazendo isso, espalhando notinhas por jornais, chamando a atenção para o fato de ele continuar empregado, apesar de dizer que é candidato da oposição.

E foi mérito do peemedebista obter agora a demissão, depois de, ontem, ter pedido publicamente para ser dispensando utilizando a rede social twitter. A celeuma, sem dúvida, se estabelece em torno de um assunto menor, quando
dois estados do país submergiram sob as chuvas, como aconteceu, aliás, com alguns municípios baianos.

O cargo, comissionado, de vice-presidente da Caixa não foi sentido pela Bahia – pelo menos no que nos consta – se comparado a um Ministério da Integração Nacional, ocupado anteriormente por Geddel no governo do presidente Lula, quando o peemedebista era muito festejado por petistas, inclusive o governador Jaques Wagner (PT).

A propósito, embora muito comentado, o nível de participação de Wagner na indicação de Geddel ao Ministério nunca pode ser aferido. Mas o prestígio era tanto que o então ministrou animou-se ante a perspectiva de se constituir numa alternativa à sucessão de Jaques Wagner, então candidato natural à reeleição. Operando já seu projeto eleitoral, na época Geddel chegou a ser acusado de priorizar a Bahia nas ações do Ministério.

Cometeu o erro de se colocar como segundo candidato do governo Lula na Bahia, pagou o preço que todo mundo conhece, mas aceitou manter um pezinho na administração federal da qual agora quer se desvincular a qualquer custo, inclusive, botando a boca no mundo e, por este motivo, tirando a presidente dos seus cuidados em hora de descanso, dizem – lá ela! – que merecido.( Política Livre)

Natan Mobuto

Radialista/Locutor na empresa TVNBN

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