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Emendas destravadas pelo governo Lula são distribuídas sem transparência

Apesar de criticar a gestão Jair Bolsonaro, o atual presidente liberou valor para seus ministros sem indicar origem da indicação

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Ao destravar a verba herdada da extinta emendas de relator, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve o padrão de falta de transparência nessa liberação. O executivo incorporou esse valor na folha dos ministérios, privilegiando Carlos Fávaro (Agricultura) e Jader Filho (Cidades), nomes de influência dentro da bancada do PSD e MDB.

Nesse repasse o governo não divulgou quem foi autor da indicação desses recursos, o que era uma queixa da oposição à gestão Jair Bolsonaro (PL). A emenda de relator era um mecanismo base na governança bolsonarista sendo uma forma de barganha entre o Executivo e o Congresso, mas foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na versão lulista, a verba está sendo acoplada como um orçamento dos ministérios, o que descaracteriza esse valor ser considerado uma emenda. Assim, apesar da fonte ser a mesma (indicação do Congresso Nacional), o governo não precisa divulgar os dados que seriam obrigados em uma emenda tradicional, como qual parlamentar ou gestor público requereu essa emenda.

Apesar da manutenção do mesmo modo de fazer da gestão anterior, a Secretaria de Relações Institucionais teria prometido agir diferente, com uma melhor divulgação das informações relacionadas a esse valor de R$9,9 bilhões herdados do período de Bolsonaro.

Por meio de nota, em resposta à Lei de Acesso à Informação, foi dito, em março, que a execução do valor seria feito com “absoluta transparência e critérios técnicos, para assegurar a máxima efetividade dos investimentos a serem realizados”.(Metro1)

Natan Mobuto

Radialista/Locutor na empresa TVNBN

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